Fonte
Um conjunto amplo e crescente de evidências científicas demonstram que uma família conjugal intacta é o melhor para as crianças. Em particular o trabalho dos acadêmicos David Popenoe, Linda Waite, Maggie Gallagher, Sara McLanahan, David Blankenhorn, Paul Amato, e Alan Booth contribuíram para essa conclusão.
Essa afirmação de Sara McLanahan, socióloga da Universidade de Princeton, é representativa:
Se fôssemos convidados para projetar um sistema para certificar que as necessidades básicas das crianças fossem atendidas, provavelmente chegaríamos a algo bastante semelhante ao ideal de dois pais [de sexos diferentes]. Tal projeto, em tese, não só garante que as crianças tenham acesso ao tempo e dinheiro de dois adultos, como também fornece um sistema de freios e contrapesos que promoveram a qualidade da parentalidade. O fato de que ambos os pais têm uma ligação biológica com a criança aumenta a probabilidade de que os pais se identifiquem com a criança e estejam dispostos a sacrificarem-se pela criança, e isso reduz a probabilidade de que um ou outro pai pudesse abusar da criança.
Sara McLanahan and Gary Sandefur, Growing Up with a Single Parent: What Hurts, What Helps (Boston: Harvard University Press, 1994) 38.
Seguem dez argumentos de bases científicas contra o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo:
1. Crianças procuram por seus pais biológicos.
Parceiros homossexuais usando fertilização in vitro (FIV) ou mães de aluguel criam deliberadamente uma classe de crianças que vão viver separados de sua mãe ou de seu pai. A psiquiatra Kyle Pruett, doYale Child Study Center, relata que as crianças de FIV muitas vezes perguntam as suas mães solteiras ou lésbicas sobre seus pais, fazendo a suas mães perguntas como as seguintes: “Mamãe, o que você fez com o meu pai?” “Posso escrever-lhe uma carta?” “Ele já me viu?” “Você não gosta dele? Será que ele não gosta de mim?” Elizabeth Marquardt afirma que as crianças de casais divorciados muitas vezes relatam sentimentos semelhantes sobre o genitor sem sua custódia, geralmente o pai.
Kyle Pruett, Fatherneed (Broadway Books, 2001) 204.
Elizabeth Marquardt, The Moral and Spiritual Lives of Children of Divorce. Forthcoming.
2. Crianças precisam de pais.
Se “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo se tornarem comuns, a maior parte dos "casais" [homossexuais] com crianças seriam de lésbicas, Isso significa que haveria ainda mais crianças sendo criadas longe de seus pais. Entre outras coisas, sabemos que os pais são proficientes em reduzir o comportamento antissocial e a delinquência em garotos e a atividade sexual em garotas.
O que é fascinante é que os pais exercem uma influência social e biológica única nos filhos. Por exemplo, um estudo recente da ausência do pai nas garotas descobriu que as garotas que cresciam longe do pai biológico têm muito mais chances de ter uma puberdade e gravidez precoce do que garotas que passaram toda sua infância com uma família intacta. Esse estudo, junto com o trabalho de David Popenoe, sugere que os feromônios do pai influenciam no desenvolvimento biológico da filha, e que um casamento duradouro fornece um modelo para as garotas do que buscar em um homem, e dá a elas a confiança para resistir às investidas sexuais dos namorados.
* Ellis, Bruce J., et al., "Does Father Absence Place Daughters at Special Risk for Early Sexual Activity and Teenage Pregnancy?" Child Development, 74:801-821.
* David Popenoe, Life Without Father (Boston: Harvard University Press, 1999).
3. Crianças precisam de mães.
Apesar dos homens homossexuais serem menos propensos a terem filhos do que lésbicas, os homens homossexuais estão [criando] e irão criar filhos. Haverá muito mais [gays criando filhos] se o casamento civil homossexual for aprovado. Essas uniões negam uma mãe à criança. Entre outras coisas, mães são proficientes em prover as crianças com segurança emocional e em interpretar os sinais físicos e emocionais do bebê. Obviamente, elas também dão as suas filhas conselhos únicos enquanto confrontam os desafios físicos, sociais e emocionais associados com a puberdade e a adolescência. Eleanor MacCoby, uma psicóloga de Stanford, resume boa parte deste material em seu livro, The Two Sexes.Veja também o livro de Steven Rhoads, Taking Sex Differences Seriously.
Eleanor MacCoby, The Two Sexes: Growing Up Apart, Coming Together (Boston: Harvard, 1998).
Steven Rhoads, Taking Sex Differences Seriously (Encounter Books, 2004).
4. Evidências sobre a parentalidade de “casais” do mesmo sexo são inadequadas.
Um conjunto de associações profissionais importantes afirmou que “não há diferenças” entre as crianças criadas por homossexuais e aquelas criadas por heterossexuais. Mas a pesquisa nesta área é bastante preliminar, a maior parte dos estudos é feita pelos defensores [do gayzismo] e a maioria [dos estudos] sofre de sérios problemas metodológicos. O sociólogo Steven Nock, da University of Virginia, que é agnóstico sobre a questão do casamento civil do mesmo sexo, ofereceu este exame documental sobre a paternidade gay como perito em um tribunal canadense considerando a legalização do “casamento” civil do mesmo sexo:
Durante a análise concluí que 1) todos os artigos que conferi continham no mínimo um erro fatal de planejamento ou execução, e 2) nenhum desses estudos foi conduzido de acordo com os padrões gerais aceitos da pesquisa científica.
Esse não é exatamente o tipo de evidência científica social que se lançaria em um experimento familiar de maiores proporções.
Steven Nock, affidavit to the Ontario Superior Court of Justice regarding Hedy Halpern et al. University of Virginia Sociology Department (2001).
5. Evidências sugerem que crianças criadas por homossexuais são mais propensas a ter distúrbios sexuais.
Embora as evidências sobre os resultados na criança estejam incompletos, sugere-se que crianças criadas por lésbicas ou homens homossexuais são mais propensas a ter distúrbios sexuais. Judith Stacey - uma socióloga e uma defensora do casamento civil do mesmo sexo - examinou a documentação sobre os efeitos na criança e encontrou o seguinte: “a parentalidade lésbica pode libertar uma ampla faixa de filhas e filhos dos papéis tradicionais do sexo, todavia de forma anormal em relação às características tradicionais da sexualidade humana” Sua conclusão aqui é baseada em estudos que mostram que filhos de lésbicas são menos masculinos e que as filhas de lésbicas são mais masculinas.
Ela também descobriu que “uma proporção significativamente maior de filhos na faixa etária dos 25 aos 29 anos, criados por mães lésbicas ao invés dos criados por mães heterossexuais (...), declarou ter relações homoeróticas.” Stacey também observou que crianças de [uniões] lésbicas são mais propensas a ter atração homoerótica.
A avaliação crítica de Stacy deve ser lida judiciosamente, dada as falhas metodológicas detalhadas pelo professor Nock na bibliografia como um todo. Entretanto, esses estudos deram alguma validade à perspectiva conservadora sobre os efeitos da parentalidade homossexual.
Judith Stacey and Timothy Biblarz, "(How) Does the Sexual Orientation of Parents Matter?" American Sociological Review 66: 159-183. See especially 168-171.
6. O “casamento” entre homossexuais minaria a norma da fidelidade sexual dentro do casamento.
Uma das maiores ameaças do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo é que isso minaria a fidelidade dentro do casamento. Na primeira edição de seu livro em defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo, Virtually Normal, o comentarista homossexual Andrew Sullivan escreveu: “Há mais propensão de se haver compreensão sobre a necessidade de relações extraconjugais entre dois homens do que entre um homem e uma mulher.” É claro que essa linha de pensamento—foi incorporada dentro do casamento e telegrafada ao público em seriados, revistas, e outras mídias—seria um prejuízo enorme para a norma de fidelidade sexual no casamento.
Um estudo recente de uniões civis e casamentos em Vermont sugere que essa é uma preocupação realmente válida. Mais de 79% dos heterossexuais casados [homens e mulheres], juntamente com lésbicas em uniões civis, declararam valorizar intensamente a fidelidade sexual. Apenas 50% de homens gays em uniões civis valorizam a fidelidade sexual.
Esther Rothblum and Sondra Solomon, Civil Unions in the State of Vermont: A Report on the First Year. University of Vermont Department of Psychology, 2003.
David McWhirter and Andrew Mattison, The Male Couple (Prentice Hall, 1984) 252.
7. O “casamento” entre pessoas do mesmo sexo afastariam ainda mais o casamento de sua finalidade procriativa.
Tradicionalmente, casamento e procriação estiveram conectados rigorosamente um ao outro. De fato, sob uma perspectiva sociológica, o propósito primário do casamento é assegurar um pai e uma mãe a cada criança nascida em uma sociedade. Agora, no entanto, muitos ocidentais veem o casamento em termos primariamente emocionais.
Entre outras coisas, o perigo desse modo de pensar é que isso promove uma mentalidade anti-natalidade que alimenta o declínio populacional, que em troca coloca um tremendo esforço social, politico e econômico em uma sociedade maior. O casamento entre pessoas do mesmo sexo iria apenas minar, ainda mais, a norma procriativa associada há muito tempo com o casamento, na medida em que isso estabelece que não haja necessariamente nenhuma ligação entre o casamento e a procriação.
Isso foi revelado na decisão Goodridge em Massachusetts, onde a opinião majoritária rejeitou o significado procriativo do casamento. Não é coincidência que os países que tenham legalizado ou considerado legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo tenham as taxas de fertilidade mais baixas do mundo. Por exemplo, a Holanda, Suécia e o Canada têm taxas de natalidade em torno de 1.6 crianças por mulher—bem abaixo da taxa de fertilidade de reposição de 2.1.
8. O “casamento” entre pessoas do mesmo sexo iria diminuir ainda mais a expectativa do compromisso paternal.
O divórcio e as revoluções sexuais das últimas quatro décadas minaram severamente a norma de que os casais deveriam se casar e continuar casados se eles pretendem ter filhos, estão esperando por filhos, ou se já tem filhos. O cientista político James Q. Wilson relata que a introdução do divórcio sem determinação de culpabilidade acelerou a desestabilização do casamento por enfraquecer o significado legal e cultural do contrato de casamento. George Akerlof, economista e ganhador do prêmio Nobel, descobriu que a difusão da disponibilidade de métodos contraceptivos e do aborto nos anos 60 e 70, e a revolução sexual que fizeram, facilitou para os homens abandonar as mulheres que eles próprios engravidaram, já que sempre poderiam culpá-las por não terem usado métodos contraceptivos ou ter abortado.
É plausível suspeitar que o reconhecimento jurídico do casamento civil homossexual teria consequências similares para a instituição do casamento; isso é, isso iria desestabilizar ainda mais a norma que adultos deveriam se sacrificar para se casar e continuarem casados pelo bem de seus filhos. Por quê? O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo institucionalizaria a idéia de que crianças não precisam de um pai e uma mãe.
Isso seria particularmente importante para os homens, que são mais propensos a abandonar seus filhos. O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo tornaria essa prática de abandono ainda mais fácil do que já é pela racionalização do abandono. No final das contas, eles poderiam dizer a si mesmo, a sociedade, que incentiva parceiras lésbicas a criarem crianças, acreditam que crianças não precisam de um pai. Então eles poderiam dizer a si mesmo, eu não preciso me casar ou continuar casado com a mãe de meus filhos.
James Q. Wilson, The Marriage Problem. (Perennial, 2003) 175-177.
George A. Akerlof, Janet L. Yellen, and Michael L. Katz, "An Analysis of Out-of-Wedlock Childbearing in the United States." Quarterly Journal of Economics CXI: 277-317.
9. O casamento prospera quando os esposos se especializam nos papéis típicos de seu sexo.
Se o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo for institucionalizado, nossa sociedade daria outro passo rumo ao casamento degenerado. Haveria um aumento no uso da linguagem de gênero neutro como “parceiros” e—mais importante—mais pressão social e cultural para castrar nosso pensamento e comportamento no casamento.
Mas tipicamente o casamento prospera quando os esposos se especializam em papéis relacionados ao seu sexo e são atenciosos a aspirações e necessidades do sexo de seu marido ou de sua esposa. Por exemplo, as mulheres ficam mais felizes quando seus maridos detém maior parte da renda familiar. Da mesma forma os casais tem menor probabilidade de se divorciar quando a esposa se concentra na educação dos filhos e o marido no sustento familiar, como Mavis Hetherington, psicóloga da University of Virginia, admite.
E. Mavis Hetherington and John Kelly, For Better or For Worse. (W.W. Norton and Co., 2002) 31.
Steven Rhoads, Taking Sex Differences Seriously (Encounter Books, 2004).
10. As mulheres e o casamento domesticam o homem.
Homens casados ganham mais, trabalham mais, bebem menos, vivem mais, passam mais tempo frequentando cultos religiosos, e são sexualmente mais fiéis. Eles também têm uma queda no nível de testosterona, especialmente quando tem filhos em casa.
Se os padrões sexuais distintivos de “casais” gays “comprometidos” apresentam algum indício (veja acima), é improvável que o “casamento” gay domesticaria os homens da mesma forma que o casamento heterossexual faz. Também é extremamente improvável que os efeitos biológicos do casamento heterossexual nos homens também pudessem ser vistos nos “casamentos” homossexuais. Assim, os ativistas gays que argumentam que o casamento civil de pessoas do mesmo sexo domesticaria os homens homossexuais estão, com toda a probabilidade, agarrando-se a uma esperança tola. Esta tola esperança não justifica mais uma tentativa de se intrometer no casamento.
Steve Nock, Marriage in Men's Lives (Oxford University Press, 1998).
Hardwired to Connect: The New Scientific Case for Authoritative Communities (Institute for American Values, 2003) 17.